Flavio Piedade

Flavio Piedade (1959)

Desde cedo se interessou pela fotografia, descobriu caminhos para alcançar resultados ainda melhores, contudo, por mais tecnicamente perfeitas que fossem as imagens, ainda faltava algo, pois eram vazias e frias, faltava alma, algo que tocasse a ele e quem as admirasse.

Era necessário buscar algo mais profundo, a ponto que as pessoas pudessem sentir em suas almas o mesmo que Flavio sentiu no momento da captura da imagem, o que o artista procurava era muito além de uma simples impressão da “realidade” e uma técnica perfeita. 

Anos depois do início do processo criativo na fotografia, magicamente percebeu que buscava uma conexão com algo muito maior do que ele próprio, um caminho de aprendizado espiritual.

Evidentemente que a técnica foi fundamental para construção narrativa de suas imagens, mas uma vez estabelecida a conexão, a técnica passaria a ser somente um instrumento para expressão dessa essência.

Durante o processo de criação da imagem fotográfica, o artista procura estar em profundo silêncio, só estabelecendo essa conexão com total reverência e respeito, quase em estado meditativo.

Analisando uma série fotográfica de um determinado projeto, consegue perceber claramente à partir de qual momento esta conexão foi estabelecida, onde as fotos transitam de somente técnica para estarem totalmente conectadas à esse algo maior, essa essência.

Como disse Henri Cartier-Bresson, “fotografar é alinhar o cérebro, os olhos e o coração”.

Flavio Piedade foi além:

“Fotografar é sintonizar a Alma à Deus”